A inflação de Janeiro/21 veio em 0,25%, abaixo das expectativas de mercado de 0,30%. O acumulado em 12 meses foi 4,52%.
Esse número sofreu forte influência das tarifas de energia elétrica, que apresentaram queda em Janeiro. Já nos itens que mais subiram, se destacam alimentos, bebidas e transportes.
No acumulado de 12 meses, a inflação é mais impactada por alimentos e bebidas, artigos de casa habitação.

Isso reflete a forte desvalorização cambial que vivemos nos últimos 12 meses, que ocasionou uma grande divergência entre o IGP-M (mais afetado pelo câmbio) e o IPCA.
O Banco Central tem o IPCA como meta e interpretou os elevados índices do IGP-M como sendo transitórios, resultado da desvalorização cambial e da quebra das cadeias produtivas durante a pandemia. No entanto, a queda da economia foi menor que a esperada e ao mesmo tempo os preços das commodities têm apresentado elevação nos últimos meses.
Dessa maneira, o Banco Central deve começar um ciclo de elevação da Selic para conter o ímpeto inflacionário, buscando o cumprimento das metas de 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022.